Na
Boca
da
Noite

Quando
entra
a
madrugada
escura
e
fria,
uma
nova
porta
se
abre
para
um
mundo
obscuro
e
duvidoso,
de
freqüentadores
perdidos
no seu
próprio
eu.
São
ratos
da
noite
que
preenchem
a
escuridão
com
seus
dons
malignos,
rastejando
no
esgoto
da
maldade,
poluindo
o ar
com
suas
ervas
malditas,
ceifando
vidas
vazias,
já sem
esperanças,
roubando
o ar e
a
alegria
sugando
o
sangue
de
vidas
alheias,
como
vampiros
sedentos
de
ódio e
comiseração.
Ratos
da
noite,
nojentos,
rastejantes,
disseminando
ódio,drogas,
roubo
e
prostituição,
algemas
do
mundo,
num
tempo
de dor
e
lágrimas,
derramadas
no
planeta.
Seres
pérfidos,
algozes
que
vivem
e
sobrevivem
da
boca
da
noite,
que
abre
suas
portas
acenando
com um
sorriso
sedutor
como
serpente
pronta
para
dar o
bote
fatal.
Fique
atento!
Não se
deixe
seduzir
pelas
armadilhas
da
boca
da
noite!
Chibata,
Chicote
e
Açoite

Marcados
a
ferro
e fogo
na
pele
lisa,
brilhante,
narrando
a
história
de um
povo
que
soube
seguir
adiante,
matando
no
peito
as
injustiças
sofridas
de
boca
calada,
salgando
as
costas
feridas
dos
açoites,
das
chibatadas.
Negro
da cor
da
noite,
em
senzala,
acorrentado,
nascido
de
negra
bonita,
pelo
branco
maltratada.
Com
altivez
e
coragem
próprias,
de
quem
sofreu,
carrega
nas
costas
largas
as
dores
todas
do
mundo,
sem
que
por um
segundo
se
ouça
um
gemido
de
dor.
Negro,
foi o
destino
cruel
e
traiçoeiro,
deste
povo
guerreiro
que
mesmo
se
curvando
às
regras
da
Casa
Grande,
manteve
no
peito
acesa
a
chama
da
esperança,
e como
qualquer
criança,
não
desistiu
de
lutar.
O
patrão
branco,
recatado,
devoto
de
desconfiar,
era
pai de
muito
negro,
com
lágrimas
derramadas
em
noites
de
amedrontar.
Mas,
negro
nascido
em
senzala,
não
podia
dizer
não,
cavava
a
própria
vala
chamando
de pai
o
patrão.
Negro,
domado
a
castigo,
trazia
desde
o
berço,
as
amarras
do
destino
traduzido
em
chibata,
chicote
e
açoite!...
A
Força
do
Amor

Naquele
dia em
que te
vi
pela
primeira
vez,
senti
que
meu
destino
estava
então
traçado.
De lá
pra
cá,
muito
tempo
passou
Embalado
nas
canções
românticas
da
jovem
guarda.
Abrimos
e
fechamos
muitas
portas
e
janelas
a
procura
dos
sonhos
impossíveis
que
sonhamos
e os
quais,
alguns
realizamos.
Vimos
todos
os
filmes
que a
vida
apresentou,
enriquecendo
assim,
nossa
experiência
de
vida.
Muitas
vezes,
fomos
os
produtores,
noutras
os
atores,
encenando
assim,
nossa
própria
estória.
Pincelamos
a vida
com
todas
as
cores,
distinguindo
bem as
claras
e as
escuras.
Provamos
todos
os
sabores,
do
doce
ao
amargo,
tirando
proveito
de
cada
gota,sabendo
que o
fel,
às
vezes,
faz-se
necessário
no
amadurecimento
do
frágil
ser
humano.
Choramos,
sofremos,
sorrimos,
exultamos
de
felicidade,
não
importa
como,
nem
quando,
nem
onde,
importa
sim,
que
vivemos
todas
as
emoções
sempre
juntos,
por
que
o amor
que
nos
uniu
um dia
foi
forte
o
bastante
para
chegar
até
aqui,
com as
marcas
de
quem
se
doou
por
completo,
de
quem
amou,
de
quem
viveu!
Juntos,
sempre
juntos!
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Música: May It Be, by Enya

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