Márcia Sanchez Luz

Natural de São Paulo, capital,
Márcia formou-se em Literatura Inglesa e Francesa. É pedagoga,
psicóloga e tradutora de Inglês e Francês.
Iniciou sua vida profissional como tradutora e redatora, tanto
de manuais técnicos como de normas de documentação e projetos na
área de Informática. É autora de diversos trabalhos de tradução
e versão técnica nas áreas de alimentos, refrigeração e
informática.
Na área de Psicologia, desenvolveu um trabalho voluntário com
crianças limítrofes.
Casada, mãe de Tatiana e Bruno, mudou-se para Araras, interior
de São Paulo, onde continua com seu trabalho de tradução, além
de ministrar aulas de Inglês e Francês no estilo “Tailor Made”.
Escreve poesias desde os nove anos de idade, sempre se mantendo,
por opção, no anonimato.
Em novembro de 2006 decidiu que chegara a hora de partilhar
relatos de suas vivências, até então interiorizadas.
Participa da Antologia “Saciedade dos Poetas Vivos” digital,
volume 4, em Blocos Online, onde tem suas páginas individuais de
poesia e prosa.
Em outubro de 2007 recebeu o título de Membro Efetivo da
Academia Virtual Sala dos Poetas e Escritores – AVSPE Efigênia
Coutinho.
Página Pessoal no Portal Poetas del Mundo.
Parte de sua obra também pode ser encontrada no Jornal de
Poesia, assim como em seus blogs, onde divulga não só seus
poemas, como também os de outros escritores.
Em novembro de 2007, seu livro “No Verde dos Teus Olhos” foi
publicado pela Editora Protexto, PR.
Meu livro "No Verde dos Teus Olhos" foi publicado pela Editora
Protexto.
Para adquiri-lo pela internet, segue o endereço:
http://www.protexto.com.br/livro.php?livro=145
Ao Som de Madrigais

No
ocaso deste acaso em que me vejo,
me perco em muitas curvas longilíneas:
tuas mãos em meus cabelos, benfazejo,
ao som de madrigais nas noites minhas.
Prefiro o teu perfume ao meu incenso
de mirra ou de jasmim quando em teu colo!
Porém quando te afastas, te dispenso.
Não esperes que eu te queira, não me imolo!
E por não ser mentira é que profiro
que a noite não passou de uma cantiga
deixada ao léu depois de alguns suspiros.
Tampouco vou querer ver teu delírio
em busca de um prazer que não mitiga
a sede deste amor que em vão aspiro.
© Márcia Sanchez Luz
Escrever

Escrever é sorver a
dor aos poucos,
é contar a si próprio o que bem sabe,
mas que aflige demais! Por ser tão louco,
faz que a alma, em torpor, logo desabe.
É cruel falar sobre o que machuca!
Mais cruel, entretanto, é não sentir
o que a vida oferece: pura luta
entre o ser complacente e o insurgir.
Se escrever é dar forma a certa ausência
na calada da noite ou mesmo dia,
vou seguir exaurindo a desavença.
Eis portanto o que faz a diferença
entre aquele que vive e contagia
e o que não sente a vida assim intensa.
© Márcia Sanchez Luz
Inalienável Veto

Mero traço que no
peito abraça,
abarca em brisas soltas teu sorriso,
mas em vão sequer protege meu achado
das rudes ventanias que destronam a paz!
Quero a semente que te aleita a vida!
Em forma de sustento, o alento é puro.
Se na semeadura teu lago é mais fundo,
que então teus grãos possam nutrir meus dias.
Secreto a ti meus mais parvos idílios!
Caprichos tolos, porém verdadeiros.
E na pujança de meus devaneios
espero a noite que me acorde os sonhos.
Estreitas brumas impelem-me a alma
a transgredir preceitos tão abjetos!
Pois que de tola já me basta a crença
de ser em mim inalienável veto.
© Márcia Sanchez Luz
http://www.marciasl2001.blogspot.com

Música: Träumerei, by Robert
Schumann

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